Sete anos após o rompimento da Barragem Algodões I, em Cocal da Estação, a 268 km de Teresina, centenas de famílias ainda buscam reparação pelos danos ocasionados pela tragédia, que afetou mais de 800 pessoas da região Norte do Piauí. Nesta terça-feira (31), as famílias, mais uma vez, retornaram à Assembleia Legislativa do Piauí para tentar um canal de diálogo com o Governo que resulte no pagamento das indenizações.


O presidente da Associação das Vítimas e Amigos da Barragem Algodões (Avaba), Corcino Medeiros, conta que as famílias já abdicaram de parte dos direitos para tentar resolver o impasse. Ontem (30), moradores de Cocal e Buriti dos Lopes se reuniram com representantes do Governo e demais autoridades envolvidas na questão. 

"As vítimas já abriram mão de 2/3 do que perderam a fim de que recebam 1/3 em vida. Isso significa que deve ser feito o pagamento à vista de 1/3 do que cada um perdeu. O Governo já determinou a aceitação por princípio desse 1/3 e faltam apenas alguns detalhes", disse Corcino Medeiros. 


Ao todo, cerca de 15 pessoas morreram na tragédia e centenas ficaram desabrigadas. 

"Nove pessoas morreram na hora do eventro trágico, mas houve pessoas que saíram dali machucadas, foram para o hospital e não voltaram mais, foram para o cemitério. Outras pessoas foram acometidas de depressões profundas, as doenças se agravaram e acabaram falecendo também. Não foram nove pessoas; foram cerca de 15", disse Medeiros. 


Fonte: Cidade Verde