A justiça cocalense ouviu na última segunda-feira (09/05), durante sessão de instrução e julgamento, realizado na sala de audiências do Fórum Dr. João Nonon de Moura Fontes Ibiapina, localizado no centro da cidade, cinco réus que se encontram recolhidos na Penitenciária Mista de Parnaíba, três deles encarcerados sob acusação de tráfico de drogas e associação para o tráfico – Art. 33 e 35 da Lei nº. 11.343-2006. 


A sessão foi presidida pelo Juiz de Direito da Comarca de Cocal, Dr. Carlos Augusto Arantes Júnior, que juntamente com o Promotor de Justiça, Dr. Francisco Túlio Ciarline Mendes, interrogaram os réus David da Silva Gomes, vulgo "Dadinho", Francisco Sena Rodrigues da Silva, "o Sena", e Romário Gomes Machado, além das testemunhas de defesa e acusação. O advogado cocalense Railson Fontenele Rodrigues atuou na defesa de Dadinho e Sena, enquanto a de Romário ficou a cargo da defensoria pública. 


Segundo os autos do processo n° 0000237-93.2015.8.18.0046, o trio é acusado de ter atuado em uma organização criminosa nos anos de 2014 e 2015, na localidade conhecida como 'Lagoa de Pedra' em Cocal. Na época, precisamente no dia 21 de janeiro de 2015, a policia deflagrou uma operação na qual os suspeitos fugiram deixando para trás uma mochila contendo mais de um quilo de maconha, pouco mais de 50 gramas de cocaína e uma balança de precisão. (Clique aqui e reveja)


Os acusados foram presos em cumprimento a mandados de prisão, na qual o primeiro a ser capturado foi o jovem Romário, que deu entrada no Hospital Dirceu Arcoverde em Parnaíba, na noite do dia 13 de janeiro de 2015, como vitima de um acidente de trânsito (clique aqui e reveja). Sena foi preso 14 dias depois da prisão de Romário; na tarde do dia 27 de janeiro de 2015, no povoado Massalinas, zona rural de Cocal (clique aqui e reveja). Já Dadinho que era apontado pela policia como o líder do grupo, também era fugitivo da Penitenciaria Mista de Parnaíba (clique aqui e reveja), acabou sendo recapturado na tarde do dia 17 de julho de 2015 (clique aqui e reveja).


A Delegada Daniella Dinali, que presidiu o inquérito policial na época, solicitou a prisão do trio que foi homologado pelo Juiz Dr. Carlos Augusto; tendo o Ministério Público Estadual, na pessoa do Promotor de Justiça, Dr. Francisco Túlio se manifestado pela decretação da prisão preventiva dos indiciados sob o fundamento da garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a lei penal, 'quando houver prova de existência do crime e indícios suficientes de autoria''.


No mesmo dia a justiça ainda realizou a segunda oitiva dos réus Paulo Sergio Moura Ozório, o ''Paulão'', e José de Araújo Xavier, conhecido por 'Zequinha' e de mais duas testemunhas que foram arroladas pelo Ministério Público no processo que os apontam como coautores em um crime de latrocínio (roubo seguido de morte), acontecido em Cocal na noite do dia 17 de agosto de 2015. (clique aqui e reveja)


Ao todo os depoimentos duraram mais de 13 horas. A justiça ainda não proferiu as sentenças dos acusados, pois ainda existe o tempo legal para as alegações finais do Ministério Público e da defesa. Os cinco réus saíram do prédio algemados e escoltados por agentes do Comando de Operações Prisionais (COP) de volta ao presidio, onde continuarão recolhidos aguardando os desdobramentos judiciais.