O caso ganhou repercussão nacional e foi um dos destaques dessa sexta-feira (14/04), no programa Cidade da TV Record, apresentado pelo jornalista Marcelo Rezende. 

Acompanhado de dois advogados, o Suplente de Vereador de Cocal dos Alves, Aurélio Cardoso de Brito (PMDB), autor de seis disparos de revólver calibre 38 que ceifaram a vida de Domingos Manoel de Brito, conhecido popularmente como "Domingo Rita", se apresentou de forma espontânea na tarde desta terça-feira (11/04), na Delegacia de Polícia Civil de Cocal, região Norte do Estado do Piauí. [CLIQUE AQUI E REVEJA A MATÉRIA DO CASO]

Domingos Manoel de Brito, conhecido popularmente como "Domingo Rita"
Aurélio assumiu a autoria do crime, porém, alegou em síntese, que agiu em legitima defesa. Em seu depoimento o acusado alegou que Domingos lhe devia a quantia de R$500,00 (quinhentos reais) e ao cobrar o homem, ele pôs a mão na cintura dando a entender que estava armado e lhe ofendeu verbalmente. "Hoje não vou te pagar e vou arrancar sua cabeça para você não me cobrar mais seu corno sem vergonha". Em seguida, Domingos lhe agrediu fisicamente com um soco no rosto quebrando os seus óculos e logo após, ambos travaram uma luta corporal.


Ainda conforme o testemunho de Aurélio, para cessar a investida de Domingos ele sacou a arma e efetuou um disparo, mesmo assim, Domingos continuou lhe agredindo e em meio ao embate atirou novamente, não sabendo precisar quantos tiros deu em seu rival. Após ver o seu desafeto caído ao solo, o acusado fugiu em seu carro em direção a Viçosa do Ceará-CE e em meio ao trajeto, na altura do localidade Acimim, jogou a arma do crime para fora do veículo. 


De acordo com o Agente de Polícia Civil e Escrivão "ad hoc", Walter Brune, que pegou o depoimento do acusado, o autor do crime não apresenta risco para sociedade, já que se apresentou de forma espontânea no distrito policial e se prontificou a cooperar com a justiça. Por outro lado, ele não ficará impune e há possibilidades dele ter a prisão preventiva decretada a qualquer momento.


"O Aurélio foi liberado porque já havia passado o período de prisão em flagrante e como não existia nenhuma ordem judicial de prisão preventiva, ele prestou depoimento e foi liberado para responder o processo em liberdade, com uma ressalva, após a conclusão do inquérito, o caso será relatado para o Ministério Público que deve entender se decreta ou não a prisão dele", explica.